XVI CIGeo - Lisboa 2018, XVI Colóquio Ibérico Geografia / XVI Coloquio Iberico Geografia

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BUCELAS – UMA FESTA EM HONRA DO ARINTO!
Ana Luísa Figueiredo Lavrador Silva

Última alteração: 2018-12-13

Resumo


No artigo é analisada a “Festa do Vinho e das Vindimas” de Bucelas (Loures-Lisboa), na perspetiva dos seus organizadores. Trata-se de uma carismática festa vínica para a região, mas relativamente pouco conhecida e procurada fora da mesma. O objetivo central é avaliar o carácter e significado desta festa como oferta turística diferenciadora do distrito de Lisboa, analisar potencialidades do evento e perspetivas de mudança mais ao encontro do gosto e exigências da sociedade mediatizada em que vivemos. Sob o ponto de vista teórico, são explorados valores etnográficos, culturais, sociais e identitários que presidem às festas do vinho enquanto motores de experiências turísticas. Equacionam-se significados e implicações da mudança dessas festividades de um palco rural original para um ambiente (peri)urbano. Os valores, os recursos e os territórios-palco das festas bacantes resultam e estimulam políticas de desenvolvimento dos espaços rurais que devem contemplar dimensões ambientais (conservação de ecossistemas e recursos naturais, energias renováveis, agricultura biológica) e culturais (valores do património cultural tangível e intangível). Nesse sentido, é apresentado um enquadramento geográfico da região de Bucelas, enquanto denominação de origem para vinho branco. Advoga-se que as atividades de produção devem coexistir com atividades de consumo e lazer e que ambas se potenciam, como tem vindo a ser defendido pela Política Agrícola Comum Europeia. Em termos metodológicos foram realizados inquéritos a todas as entidades envolvidas na organização e preparação do evento. Em conclusão, o confronto entre as opiniões dos responsáveis sobre as características e potencialidades da “Festa do Vinho e das Vindimas” obtidas através dos inquéritos e as propostas resultantes da bibliografia consultada, servem de baliza a uma discussão mais alargada e fundamentada do que poderá ser feito em termos de programação, gestão de recursos patrimoniais e territoriais, bem como perspetivar novas formas de promoção, mais abrangentes, direcionadas e apelativas.

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