XVI CIGeo - Lisboa 2018, XVI Colóquio Ibérico Geografia / XVI Coloquio Iberico Geografia

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SETORES DE ALTA TECNOLOGIA E CONHECIMENTO: DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E SEU PAPEL NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA DAS MICRORREGIÕES DO ESTADO DO PARANÁ, BRASIL, ENTRE 2000 E 2015
Cristiane Prado Benevenuto Rodrigues, Lucir Reinaldo Alves

Última alteração: 2018-10-23

Resumo


O Estado do Paraná, entre 2000 e 2015, passou por dinamismos econômicos distintos. A variação da população total foi de 16,7% (nas microrregiões ficaram entre 32,1% e -12,1%), enquanto a variação do emprego total foi de 88,3%, com todas as microrregiões apresentando variação positiva (entre 52,0% e 176,6%). É neste contexto que o objetivo deste trabalho é analisar a importância dos setores com maior intensidade de tecnologia e conhecimento no dinamismo e transformação espacial da estrutura produtiva das microrregiões paranaenses entre 2000 e 2015. Na metodologia utilizou-se indicadores de análise regional e o método shift-share, com uma nova proposta de cálculo, além do emprego como variável, agregados por intensidade de tecnologia e conhecimento. O componente teórico levou em consideração as principais características relacionadas com a distribuição espacial das atividades econômicas e os principais elementos que influenciam no dinamismo regional. Nos resultados os subsetores dos Serviços Pouco Intensivos em Conhecimento (SPIC), os Serviços Intensivos em Conhecimento (SIC) e as Indústrias de Baixa Tecnologia (IBT) foram os mais importantes na geração de empregos e os subsetores com maior tecnologia e conhecimento os que apresentaram maiores variações percentuais. Espacialmente, quanto maior a tecnologia e o conhecimento do setor, maior a concentração, principalmente em regiões periféricas. As microrregiões menos dinâmicas e com pouco peso na economia estadual, continuam com a Agropecuária, as IBT e os SPIC como os mais importantes nas suas estruturas produtivas. Foi relevante o papel das características endógenas no dinamismo da Agropecuária, das IBT e dos SPIC, enquanto as exógenas foram as principais nos setores com maior conhecimento e tecnologia. Assim, o planeamento regional no Paraná deve levar considerar os elementos diferenciadores dessas microrregiões, assim como aumentar o investimento em setores consolidados e nos com maior conhecimento e tecnologia, sendo estes últimos o maior desafio para o Estado do Paraná.

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