Última alteração: 2018-12-04
Resumo
A inclusão do Brasil no mapa dos megaeventos esportivos no início do século XXI, foi acompanhada de uma grande expectativa acerca da capacidade transformadora que os mesmos promoveriam nas cidades-sedes. Promessas de grandes transformações urbanas, relacionadas a solução para problemas de mobilidade com a implantação de modernos modais de transporte, de renovação de extensas áreas nas cidades-sedes, de ativação de novos setores de atividade econômica, de construção de arenas multieventos que acolheriam parte das demandas do mercado de eventos no país, de modernização dos aeroportos, foram algumas das intervenções espaciais supostamente duradouras, anunciadas como legados da realização dos megaeventos. Passados quadro anos da realização da Copa 2014 e dois das Olimpíadas 2016, entendemos como fundamental um olhar crítico sobre o que restou dessa empreitada, que mobilizou recursos públicos, empresas privadas e sociedade, em torno de possibilidades de mudanças nas principais cidades brasileiras. Para tanto, foram analisadas algumas ações paradigmáticas de modo a compreender os limites da inserção das mesmas no contexto da mercantilização das cidades, por meio da realização dos megaeventos esportivos.