XVI CIGeo - Lisboa 2018, XVI Colóquio Ibérico Geografia / XVI Coloquio Iberico Geografia

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CULTURA NAS DINÂMICAS DA NOITE EM LISBOA LISBOA CAPITAL DO NADA, MARVILA 2001
Teresa Alves

Última alteração: 2018-12-12

Resumo


Esta comunicação tem como objetivo avaliar o que mudou do ponto de vista cultural em Marvila 17 anos depois de Lisboa Capital do Nada, Marvila 2001 (Alves 2002a). Partindo da experiência vivida procuramos mostrar como este território evoluiu. Num momento em que a especulação imobiliária que se perspetiva pode alterar de forma significativa a composição social e económica da freguesia, interessa perceber como é que a animação cultural, que revolucionou a noite nesta área, se constitui numa forma de resistência a estas mudanças (Alves 2007, 2010). A pressão sobre as áreas já consolidadas, em particular a faixa entre a linha de caminho de ferro e o rio, é o aspeto mais visível, alterando o perfil das atividades económicas e do tipo de habitação. As antigas vilas operárias e os tradicionais pátios estão a ser comprados por promotores imobiliários estrangeiros forçando a saída dos residentes. Os antigos armazéns transformam-se em restaurantes, bares e comércio muito especializado, com dois pontos em comum o aproveitamento de espaços muito amplos e um arranjo que traduz a precaridade da situação. O reduzido investimento na recuperação dos edifícios é compensado pela originalidade e por soluções criativas que funcionam elas próprias como um fator de atração. Tirar partido dos vazios urbanos era o mote de Lisboa Capital do Nada (Alves 2002b), passados estes anos os vazios continuam a ser uma das potencialidades destes territórios, criando novas oportunidades.

Palavras-chave: serviços; cultura; vazios urbanos; Marvila


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