O Parque Madureira está localizado na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, inserindo-se nos bairros de Madureira, Rocha Miranda, Honório Gurgel e Guadalupe. Sua construção está associada a um período em que a urbe carioca verificou intensa modificação espacial e paisagística (ABREU, 2007; BARRE, 2013), contexto justificado pelos agentes ligados ao poder público em função da realização de Megaeventos esportivos, como a Copa do Mundo de Futebol, no ano de 2014 e Os Jogos Olímpicos, em 2016. A inserção deste parque urbano altera consideravelmente a organização espacial do local (CARLOS, 2007; CORRÊA, 2010; PIRES, 2010; ABREU, 2013), visto que foram removidos moradores e trabalhadores, estes últimos que exerciam atividades voltadas a agricultura e comércio. Apesar disto, fica evidente no projeto do parque e em sua execução a preocupação em dotar o mesmo de fixos direcionados ao lazer e a cultura. São estes últimos que estabelecemos como objeto da presente pesquisa, podendo ser exemplificados preliminarmente pela Praça do Samba, que em seu nome e suas atividades faz referência à história do bairro; e a Arena Carioca Fernando Torres, que homenageia este ator brasileiro e se propõe a realização de eventos musicais, teatrais, entre outros. Posto isto, estabelecemos como objetivo analisar a atuação dos gestores no incentivo a ocupação de fixos culturais do Parque Madureira. Para tanto, a metodologia da pesquisa abrange a busca por referencial bibliográfico que aborde o conceito geográfico de espaço, a intervenção urbana realizada neste década na cidade do Rio de Janeiro  e a temática da cultura. Além disto, torna-se necessária a realização de trabalhos de campo, visando a obtenção de informações acerca dos usos estabelecidos nos fixos analisados, o que também será possibilitado através da realização de entrevistas com frequentadores, funcionários e gestores do Parque Madureira.

Palavras-chave: Parque Madureira; Cultura; Periferia carioca.