XVI CIGeo - Lisboa 2018, XVI Colóquio Ibérico Geografia / XVI Coloquio Iberico Geografia

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As Mudanças no Ensino Médio da América Latina: uma análise da Argentina e do Brasil a partir da Geografia Escolar
Clézio dos Santos

Última alteração: 2018-06-07

Resumo


A estancia de pós-doutorado realizada em 2016 no Instituto de Geografía “Romualdo Ardissone” da Faculdad de Filosofia y Letras da Universidad de Buenos Aires (FFyL/UBA), permitiu a a realização da pesquisa sobre o ensino de geografia na Argentina, somando aos estudos que realizo no Brasil. O objetivo principal da pesquisa é a análise e reflexão de com a disciplina de geografia permanece nas novas políticas para educação básica e educação profissional no ensino médio no Brasil e na Argentina. A metodologia se apoia nas pesquisas educacionais de cunho qualitativo, destacando a leitura de autores latino-americanos relacionados com o Ensino de Geografia como Riboratti (1993), Pontuschka, Paganelli e Cacete (2007), Fernandéz Caso e Gurevich (2007), Villa e Zenobi (2011), Busch (2013); e entrevistas com professores de Geografia da Escola Secundária na Ciudad Autonoma de Buenos Aires (CABA) na Argentina e professores de Geografia do Ensino Médio na Baixada Fluminense no Brasil. As mudanças ocorridas tanto na Nueva Escuela Secundaria (NES) na Ciudad Autónoma de Buenos Aires (CABA) na Argentina, como no “Novo Ensino Médio” do Brasil, tem alterado bastante a estrutura educacional, apresentando um direcionamento para a formação específica nas grandes áreas do conhecimento. Na Argentina a NES na CABA passa a ofertar uma ou mais áreas de conhecimento. No Brasil com o “Novo Ensino Médio” teremos também os percursos formativos. Em ambas as propostas caminham para a especialização da formação e os primeiros anos são sempre básicos. Tanto a “Nueva Esculea Secundaria” na Argetnina, como o “Novo Ensino Médio” no Brasil, reproduzem um modelo de ensino médio que passa a ser implantado em toda América Latina e um modelo preocupante, tecnicista e acrítico. A Geografia Escolar enquanto parte ativa e crítica do sistema educacional deve estar atenta e sensível às transformações ocorridas neste sistema e no mundo, sendo fundamental no momento atual um movimento de defesa e resistência, seja na Argentina, no Brasil e nos demais países latino-americanos da Geografia e das Ciências Humanas e Sociais na Educação básica pública.


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