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Este artigo verbaliza a importância das paisagens literárias em espaços de feição rural e a sua influência para a concretização de uma estratégia de planeamento turístico alternativo. As experiências conhecidas mostram que entre os observadores informados se estabelece uma forte conexão entre a descrição literária dos sítios e a respectiva realidade concreta, e daí a sua predisposição para acolherem favoravelmente todas as medidas que, nesse contexto, visem promover o respectivo desenvolvimento à escala local. Foi esta a fórmula que se procurou transpor para o concelho de Paredes de Coura, ao propor-se uma estratégia de dinamização turística que toma por base a Quinta do Amparo, imortalizada pelo escritor Aquilino Ribeiro na crónica romanceada “A Casa Grande de Romarigães”, e onde com a sua gente singular, a volubilidade dos seus ambientes, emana um espírito, uma intensidade tão forte que a presença física do sítio se revê perduravelmente nas evocações do texto e na memória dos feitos que ali terão ocorrido. Mas é um exercício que atesta uma expressão de maior reverberação territorial porque adopta uma perspectiva integrada de desenvolvimento turístico do concelho de Paredes de Coura, do seu território físico, da sua cultura e identidade, e da sua comunidade local, no fundo, o principal agente deste espaço e deste quadro