XVI CIGeo - Lisboa 2018, XVI Colóquio Ibérico Geografia / XVI Coloquio Iberico Geografia

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A PRÁXIS DOCENTE NO ENSINO DE GEORAFIA PARA SURDOS NO BRASIL
Thiago Rafael Mazzarollo, Mafalda Nesi Francischett

Última alteração: 2018-06-06

Resumo


Resumo: A inclusão social de pessoas com deficiência ainda é um dos grandes desafios da sociedade, muito tem-se estudado e discutido sobre a temática nos últimos anos. As políticas de inclusão tem contribuído para alterar o cenário escolar em sua estrutura, assim como na área pedagógica, metodológica, linguística, e arquitetônica. No Brasil a Educação Especial é responsável pelo atendimento deste público específico e sendo uma modalidade de ensino, perpassa por todos os níveis educacionais indistantemente. A temática da Educação Especial é ampla e abrange diversos conceitos, conhecimentos, bem como, população alvo: deficiência física, intelectual, visual e surdez, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Sendo assim a área discutida neste trabalho é a surdez. No Brasil desde o ano de 2002, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é considerada segunda língua oficial do país, sendo esta, regulamentada pela Lei 10.436/2002. A referida lei tem como objetivo reconhecer a Libras como meio próprio de comunicação da pessoa surda. É de modalidade gestual-visual diferente da Língua Portuguesa que é de modalidade oral auditiva, ambas com gramática específica. Neste sentido, pesquisas sobre o atendimento educacional especializado vem sendo realizados em diversas áreas do conhecimento, com o intuito de aproximar os conceitos científicos de maneira significativa aos alunos surdos. Além disso, necessitam de profissionais para que a inclusão aconteça de verdade, o Tradutor Intérprete de Libras. Comumente, encontra-se a figura deste profissional acompanhando o aluno surdos no ambiente escolar, este profissional é responsável por realizar a comunicação entre os usuários de línguas distintas, ou seja, a Língua Portuguesa e a Libras. Infelizmente, ainda existe certo equívoco sobre a atuação deste profissional, principalmente no ambiente escolar. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo discutir a prática docente nas aulas de Geografia, bem como, possibilidades e estratégias metodológicas que atendam as necessidades dos alunos surdos. Como metodologia, utilizou-se pesquisa de ordem bibliográfica alçando as temáticas: ensino de geografia, educação de surdos, formação de professores, práticas pedagógicas e inclusão, além de considerar as práticas profissionais, oriundos de anos de trabalho com a inclusão de alunos surdos. A Geografia é uma disciplina que possibilita o professor inovar e se utilizar de estratégias de ensino diferenciadas, sendo passível de ser tomado como ponto de partida os elementos do cotidiano para inserir os conteúdos e conceitos de maneira dinâmica e eficaz. No caso do ensino de Geografia para alunos surdos, as adaptações, metodologias e estratégias de ensino vão além das simples leituras de textos e atividades de pinturas de mapas, muitas vezes sem sentido para os alunos de maneira geral. Neste sentido, quando trabalhado de maneira significativa e que atenda as necessidades do público envolvido os resultados da aprendizagem tornam-se positivos e o processo mais prazeroso, assim como deve ser.


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