Ser capital de “alguma coisa” é importante para reforçar a identidade dos lugares.

O conceito de capital é tomado em termo figurativo como a localidade que tem elevada proeminência num determinada atividade ou componente seja ela de cariz cultural patrimonial ou económico.

Em Portugal Continental quantas localidades (sejam elas cidades ou vilas) são capitais? Onde se localizam? Que imagem querem projetar de si? A opção de serem capital de alguma coisa é geralmente uma opção livre do poder local (politico ou empresarial). Existem todavia algumas situações de Vox populi que são utilizadas mas não estão registadas.

As cidades precisão de construir  uma imagem que as destaquem.  As cidades estão em competição entre si. Devem ser vistas como "marcas" e é esta imagem de marca que impulsiona seu sucesso.

No entanto, a estratégia para obter esse sucesso pode ser mais específica associando-se uma imagem de "cidade ecológica", "cidade tecnológica" ou "cidade-jardim", dependendo de seus objetivos. Uma parte vital de qualquer estratégia de marca bem-sucedida, em geral, é ter um logotipo eficaz, e as cidades não são diferentes a esse respeito. De facto, e de uma perspetiva visual, os logotipos estão entre os melhores reflexos da singularidade destes lugares. Eles incorporam os marcos históricos, a história e o orgulho da cidade natal que uma comunidade possui.

O trabalho aqui apresentado pretende identificar, localizar e classificar os lugares que usam a denominação “capital de”. Para tal consultaram-se diversas fontes de dados, incluindo a área de registo e consulta de marcas registadas do Ministério da Justiça. A análise foi realizada em Portugal continental e revelou a existência de 108 “capitais”. O propósito de reunir e mapear esta informação ultrapassa a mera curiosidade geográfica.

A tipologia de capitais encontradas revela muito da imagem que os lugares querem promover. Serão os seus proponentes bem-intencionados seguramente, mas poderão caminhar no sentido de desenvolver e integrar estas ideias num conceito mais consistente e estruturado de marketing urbano e regional com maior projeção nacional e internacional.

Nesta fase introdutória são preocupações de âmbito geográfico e tipológico que nos movem. No entanto na fase seguinte contamos avançar para questões de comunicação e de branding urbano.