XVI CIGeo - Lisboa 2018, XVI Colóquio Ibérico Geografia / XVI Coloquio Iberico Geografia

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SMART CITIES EM DUBLIN E BARCELONA - ANÁLISE COMPARADA DE POLÍTICAS E CONTEXTOS INSTITUCIONAIS E GEOGRÁFICOS
Nuno Rodrigues, Mário Vale

Última alteração: 2018-06-07

Resumo


Considerando a discussão de diferentes modelos de governança territorial para o desenvolvimento regional e local, a presente comunicação pretende comparar as formas de governança e as principais políticas e projectos de smart cities nas cidades de Dublin e Barcelona. Através de uma análise do contexto geográfico e das diferenças de governança e implementação de projectos de smart cities  nas duas cidades, considera-se que estes dois exemplos permitem explorar possíveis diferentes ao nível de implementação de políticas públicas urbanas. Enquanto Dublin pode ser tomada como paradigmática de uma cidade onde o sector privado e uma orientação de empreendedorismo urbano se encontram particularmente visíveis na definição das políticas urbanas e dos seus projectos de smart cities, a cidade de Barcelona, em particular após a mudança de governo da cidade em 2015, pode ser tomada como uma cidade onde políticas e projectos de smart cities são acompanhados por uma orientação política que se poderá designar como “progressista” e crítica das propostas hegemónicas em torno da definição e implementação de políticas públicas em geral e de smart cities em particular. Desta forma pretende-se comparar e problematizar a implementação de políticas que, por um lado, potenciem uma reprodução de dinâmicas de concentração de inovação e desenvolvimento económicas e de desigualdades sócio-espaciais a vários níveis, e, por outro, políticas urbanas que adoptem formas de governança e projectos com o objectivo de se afirmarem como críticas e alternativas a tal reprodução. Sendo que, importa frisar, o facto de ambas as cidades implementaram projectos de smart cities, bem como partilham enquadramentos institucionais e sócio-económicos semelhantes a uma escala macro, não deixei de permitir uma problematização não-dicotómica da implementação de projectos de smart cities bem como explorar a importância dos enquadramentos geográficos e institucionais em tais decisões, destacando-se a importância destes para a definição e implementação de tais projectos (Shelton et al, 2015). Mais em concreto, pretende-se identificar e analisar a organização institucional e enquadramento geográfico das duas cidades, as formas de governança e estratégias relativamente a políticas de smart cities, bem como os principais projectos e seus racionais e objectivos. Esta comunicação desenvolve-se a partir de trabalho de campo e entrevistas realizadas a actores-chave em ambas as cidades, bem como à análise de documentos oficiais e bibliografia secundária referentes às políticas e projectos em análise.

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