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As estimativas de população para pequenas áreas ou células de elevada resolução são essenciais para apoiar diferentes processos de planeamento. Para a obtenção destas estimativas conhecem-se várias técnicas e fontes de dados demográficos e geográficos. No entanto, existe ainda pouca pesquisa sobre a viabilidade de incorporar dados abertos de moradas na obtenção de superfícies matriciais de população. Este estudo explora a viabilidade de incorporar dados abertos de moradas e dados demográficos das subsecções do Instituto Nacional de Estatística (INE) para calcular a população residente numa superfície matricial, com recurso à metodologia da unidade habitacional. A abordagem da unidade habitacional é um método comum por ser concetualmente simples, conseguir utilizar diferentes origens de dados e poder ser aplicado a diferentes escalas. Neste estudo, o método foi implementado através de um plugin do software SIG QGIS e testado no município de Cascais, utilizando os dados dos Censos de 2011. A validação foi efetuada através da comparação da população residente por edifício agregada por célula com os cálculos efetuados, permitindo verificar a precisão dos resultados. A análise dos resultados indica que os dados abertos das moradas, juntamente com a informação demográfica das subsecções do INE, permitem obter superfícies populacionais confiáveis para diferentes escalas de uma forma simples e rápida.