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Refletir sobre a Geografia e as práticas de ensino para estudantes com deficiência visual – DV sejam eles cegos ou com baixa visão se faz necessário no atual paradigma de educação inclusiva na sociedade brasileira. Falar da Geografia no ambiente escolar é mergulhar numa mudança de paradigma que induz à necessidade de perceber a heterogeneidade, limitações, possibilidades, competências cognitivas e habilidades dos estudantes, havendo a importância de desenvolver a percepção individual. Sendo assim, as formas de lecionar essa disciplina precisam ser continuamente questionadas e analisadas. Nesse ínterim, este artigo propõe uma reflexão e discussão sobre o processo de Ensino da Geografia e suas metodologias para a efetivação da aprendizagem do estudante com Deficiência Visual – DV tendo como diálogo as ideias de autores como Mazzota (1999), Ribeiro e Baumel (2003), Sassaki (1997), Jannuzzi (2006), Santos (2008), Ventorini et al (2015), Cavalcanti (2012) e a partir de pesquisa documental envolvendo a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), Lei nº 9.394 (1996), Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) e Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica (2013). Constatamos que a Geografia Escolar, assim como outras disciplinas curriculares apresentou características distintas em cada momento na sociedade brasileira. Passou de uma total ausência no período em que a educação no Brasil estava sob a responsabilidade dos jesuítas; caminhou por práticas tradicionais descritivas e mnemônicas; até o momento atual onde se levanta a importância do dialogo entre os conteúdos e o espaço no qual o estudante está inserido. Para compreensão e interpretação do espaço geográfico pelo estudante com DV, evidencia-se a utilização de recursos didáticos táteis, visto que estes permitem contribuir juntamente com o trabalho do professor proporcionando a esse estudante uma possibilidade de maior entendimento dos conteúdos propostos.