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EXPLORAÇÃO DE DADOS GEOGRÁFICOS VOLUNTÁRIOS NA AVALIAÇÃO DA ATRACTIVIDADE TURÍSTICA E RECREATIVA DO TERRITÓRIO
Última alteração: 2018-12-13
Resumo
Na última década, tirando partido das características da Web2.0 e da disseminação de antenas de GPS em equipamentos pessoais, foram crescendo as plataformas de partilha de informação de carácter geográfico o que levou à criação de um novo tipo de dados – a informação geográfica voluntária (Goodchild, 2007). Estes dados, ainda que espalhados por várias plataformas e de acordo com as modas e as preferências dos utilizadores, levaram vários autores a explorar sua a utilidade para a compreensão de usos turísticos e recreativos em áreas protegidas tendo-se revelado bons indicadores da espacialização e intensidade de utilização. Este trabalho explora possibilidade de avaliar a capacidade de atracção de produtos turísticos e recreativos devidamente estruturados a partir de dados recolhidos em plataformas de partilha on-line tendo em conta os países de origem desses utilizadores comparando a área metropolitana de Lisboa com o território da Rota Vicentina no Sudoeste de Portugal. Apesar da grande diferença no número de percursos encontrados no GPSies.com (uma das plataformas mais antigas de partilha de percursos de GPS) a percentagem de utilizadores estrangeiros para o território da Rota Vicentina é quase o dobro da dos utilizadores da região de Lisboa (com 18,97% v.s. 10,33%), contribuindo com 13,34% v.s. 2,90% para o número total de percursos encontrados (3680 para o Sudoeste e 25505 para a região de Lisboa). Nota-se ainda a partir destes dados uma procura de usos turísticos e recreativos sobretudo por parte dos utilizadores estrangeiros nos períodos mais amenos (Primavera e Outono) revelando a mais valia destes produtos no combate à sazonalidade turística. Apesar das limitações deste tipo de análises inerentes à própria natureza da informação geográfica voluntária, pode concluir-se que produtos recreativos devidamente estruturados (como é o caso da Rota Vicentina) contribuem para a atractividade turística de territórios periféricos concorrendo para o seu próprio desenvolvimento.
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