XVI CIGeo - Lisboa 2018, XVI Colóquio Ibérico Geografia / XVI Coloquio Iberico Geografia

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A APROPRIAÇÃO POLÍTICA DOS ESPAÇOS ESCOLARES: UMA PROPOSTA DE PESQUISA
Caio Perdomo de Oliveira

Última alteração: 2018-12-12

Resumo


O objetivo deste trabalho é propor uma pesquisa em geografia escolar na percepção que os muros das escolas são compostos de cartazes com informes, trabalhos e intervenções políticas dos alunos na paisagem escolar como parte de uma prática pedagógica, a partir do corpo discente. A questão principal é: como são feitas apropriações políticas das paisagens correspondentes aos espaços escolares? Operacionalizando dessa pesquisa: debater os conceitos de espaços escolar, de formas simbólicas e levantar exemplos das apropriações das paisagens escolares, seja por cartazes, banners ou pichações. O espaço escolar é delimitado para o exercício da prática educativa, infraestrutura planejada para a utilização da cultura escolar, o “currículo oculto” (Ribeiro, 2004), ou seja, um local que participa do processo de educação escolarizada, que espaço ganha forma em um prédios. Há uma dinâmica de produção espacial a dimensão material da escola e seus utensílios, na dimensão das convivências interpessoais que frequentam a escola, alterando formas e usos da concretude escolar provocando comportamentos e inserindo cargas simbólicas (SILVA, 2016). O ser humano constrói o espaço geográfico através de diferentes monumentos, desenvolvendo uma relação entre cultura e política que transparece de forma material (CORRÊA, 2007) introduzindo “formas simbólicas” (CORRÊA, 2013) na paisagem. Essas intervenções possuem essência política expressando significados que impregnam a paisagem de sentido. Logo, não podemos relegar essas manifestações como recursos estéticos, são agentes reforçando identidades ou geradores de conflitos e fornecendo uma “densidade política” (MANDOKI, 2003), pois, acumulam um peso simbólico. Sabendo que a escola possui uma importância no desenvolvimento da estruturação identitária dos jovens (CARVALHO, 2002), é nesse espaço que a prática democrática e cidadã de aceitação de posicionamentos diferentes começa justificando o interesse desse trabalho ao defender que as pesquisas sobre os espaços que compõem a infraestrutura escolar não podem ser relegadas pela geográfica, nem pelas práticas docentes.

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