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O aumento recente da procura turística em Portugal tem contribuído para o crescimento económico e consolidação da imagem de Portugal enquanto destino turístico de excelência. Um dos exemplos deste boom turístico é a vila de Sintra e seus arredores. A sua paisagem com estatuto de património mundial UNESCO, confere-lhe uma valorização turística indiscutível. Nos últimos anos assistiu-se a um aumento exponencial de visitantes, de operadores turísticos e de alojamentos. Contudo, o crescimento associado ao aumento do número de visitantes acarreta efeitos indesejáveis, como a pressão física sobre o território com degradação do património natural e histórico que são a sua base. O presente artigo faz uma análise aos impactes causados pelo aumento do número de visitantes em alguns dos monumentos de Sintra, assim como na sua flora, fauna e paisagem. No sentido de mitigar a situação presente e precaver o futuro propõem-se medidas de combate aos efeitos indesejados do aumento do número de visitantes. As propostas baseiam-se numa gestão holística e de cooperação entre os diversos atores ao nível local, mas também de uma perspetiva para o futuro próximo com recurso às novas tecnologias, com referência à ideia de “inteligência urbana” proposta por Neto (2017). Neste sentido, a vila de Sintra reúne as condições ideais para maximizar estas potencialidades tecnológicas graças à sua reduzida dimensão, gestão centralizada e consolidação como local de visita obrigatório assinalando-se, contudo, os principais obstáculos à implementação de algumas destas medidas.