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Diferentes usos e coberturas da terra podem ser observados ao longo da histórica de um local, e esses usos podem resultar em alterações nos aspectos geomorfológicos em diferentes escalas espaciais, que são passíveis de reconhecimento através da literatura, imagens de registro e trabalhos de campo. No presente trabalho são exemplificadas as alterações nos aspectos geomorfológicos em área de estudo de Silva (2009; 2017), originadas ou intensificadas a partir do uso de determinadas técnicas, num primeiro momento com finalidade agrícola e agropecuária e, num segundo momento, com intuito de construção de loteamentos populares. Essas alterações originam as feições e formas tecnogênicas (PELOGGIA et al., 2014) a partir do reconhecimento das ações das sociedades em suas origens. O trabalho englobou a área de dois loteamentos da cidade de Presidente Prudente, estado de São Paulo, Brasil: os Conjuntos Habitacionais Jardim Humberto Salvador e Augusto de Paula, e parte do setor noroeste destes loteamentos, que ainda é destinado ao uso agropecuário. Para a verificação das alterações em grande escala, resultantes em formas e feições tecnogênicas, utilizou-se fotografias aéreas de diferentes períodos e imagem atual do Google Earth. Na fotografia aérea de 1962, em escala 1:25.000 e de 1978, em escala 1:20.000, verificou-se a baixa densidade de matas e a existência de feições erosivas lineares e assoreamento dos canais de drenagens. Na fotografia aérea de 1995, em escala 1:25.000, e na imagem do Google Earth de 2016 notou-se a existência do loteamento nas áreas de topo e vertentes das colinas. Contudo, na fotografia aérea de 1995 identificou-se apenas o arruamento, diferente da imagem do Google Earth, na qual observam-se construções e arruamentos asfaltados. Foram identificadas feições tecnogênicas nas fotografias aéreas, como feições erosivas intensificadas pela ação da sociedade, alterações nas morfologias e profundidades (aparentes) dos canais de drenagens devido aos processos de assoreamento Incluiu-se estas feições no mapa geomorfológico de Nunes et al. (2006), com o intuito de relacionar as feições tecnogênicas aos compartimentos do relevo e seus processos geomorfológicos atuantes principais.