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As derradeiras décadas do século XX foram marcadas por um intenso processo de modernização técnico-científica. No mundo rural esta modernização se dá de forma mais voraz, com a expulsão dos pequenos e médios produtores e trabalhadores, ou submetendo-os aos ditames do grande capital, substituindo-os por maquinários e profissionais mais qualificados, criando novas relações de trabalho e sucumbindo outras. Assim, objetiva-se analisar as relações de trabalho na lavoura canavieira de Alagoas-Brasil frente à modernização, baseando-se em algumas categorias imprescindíveis: modernização técnico-científica, inovações – Castillo e Frederico (2010), Rossini (2016); agroindústria canavieira, relações de trabalho – Andrade Neto (1984), Marx (2014), Sampaio (2015); técnica, globalização e novas dinâmicas territoriais – Elias (2005), Santos e Silveira (2010).  O recorte espacial analisado apresenta um processo produtivo mais verticalizado: inovações tecnológicas no preparo do solo, plantação, adubação, irrigação, colheita, processamento dos produtos finais; melhoria na logística dos transportes; expansão da cana-de-açúcar para áreas não tradicionais. Atrelado a esse processo apontam-se algumas das contradições no mundo do trabalho: massas de desempregados e subempregados, diminuição no valor médio do salário etc. Para reverte esse quadro é preciso, por exemplo, integrar a agroindústria canavieira com empreendimentos de grande porte e pensar estratégias que absorvam maior força de trabalho atrelada às modernizações, visto que a cana continua sendo a atividade principal do estado.