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AS RIBEIRAS E RIOS OCULTOS DA CIDADE DO PORTO. UM PATRIMÓNIO HÍDRICO A REABILITAR
Última alteração: 2018-12-12
Resumo
A relação que o Homem estabelece com os rios é, certamente, complexa. Desde sempre os rios viabilizaram o aparecimento das cidades. As cidades foram crescendo e criando impactos diversos nos seus cursos de água que, serpenteando o espaço urbano, sofreram, perversamente, com o crescimento da população e densificação urbana. Os cursos de água foram perdendo, pouco a pouco, o seu papel como elemento integrador da paisagem. Assiste-se a uma rutura na relação do Homem com o rio, que o afasta da superfície, da paisagem, da nossa vista e o “esconde” no subsolo, entubando-o. A consciencialização ambiental, que desperta da década de 70, conduz a uma reflexão sobre esta relação Homem-Rio e passa-se a uma nova fase, a de reconciliação com o rio – restauração/reabilitação fluvial. Inicia-se o resgate dos rios como elementos da paisagem e assiste-se à quebra do paradigma e mudança de padrões de desenvolvimento urbano. A cidade do Porto e o seu crescimento ao longo dos tempos não foi exceção a este tipo de relação complexa que a cidade e seus habitantes estabelecem com este recurso natural. É esse património histórico oculto, adstrito ao ciclo urbano da água, que será objeto deste estudo e com o qual se pretende mostrar a existência de uma outra “cidade” debaixo dos nossos pés.
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