XVI CIGeo - Lisboa 2018, XVI Colóquio Ibérico Geografia / XVI Coloquio Iberico Geografia

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O FENÔMENO DAS CIDADES INTELIGENTES NO TERRITÓRIO BRASILEIRO
Jane Roberta de Assis Barbosa

Última alteração: 2018-06-12

Resumo


Nos dias atuais smart cities ou cidades inteligentes tem sido frequentemente utilizadas para designar a aspiração ou concretização de um novo modelo de cidade. No Brasil, a discussão pauta-se na utilização de tecnologias para promover a integração de dados e informações que permitam o funcionamento das cidades de modo sustentável e, contribua na solução dos problemas relacionados à urbanização acelerada. Mesmo que não se trate de uma novidade, haja vistas que desde os anos de 1970, segundo Townsend (2014) existem referências ao conceito de “cidades conectadas”, “cidades digitais” etc, há diferenças significativas no que se refere às cidades dos países de economia avançada e aqueles de economia periférica como o Brasil. Nesse sentido, não se pode tratar de modo homogêneo as smart cities brasileiras e aquelas situadas em outras partes do mundo, pois o conteúdo, processos sociais, políticos e econômicos que as qualificam como tais é diferente. Propõe-se, portanto, refletir, a partir da Ciência Geográfica, sobre o fenômeno das cidades inteligentes no Brasil com base nas cidades que desde 2013 vêm aderindo a Rede Brasileira de Cidades Humanas e Inteligentes (RBCIH) promovida pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP). A análise desse processo, por meio da produção de mapas temáticos, gráficos e quadros, permite construir, amparada nos seguintes autores: Santos (2008), com base no conceito de espaços inteligentes, compreendidos  como porções do território onde tencologia, ciência e informação são elementos que os caracteriza; e nas reflexões de Diniz e Gonçalves (2005), a respeito da dotação de “ativos intelectuais ou do conhecimento” e suas implicações na dinâmica do território brasileiro, uma vez que, por meio dessas dinâmicas, é possível observar diferenças e desigualdades socioespaciais. No que concerne a adesão das cidades à referida rede, nota-se que a sua maior parte, 82,  situa-se na Região Sudeste, seguida da Região Centro-Oeste com 39 cidades. Tem-se ainda, a Região Nordeste que já soma 33 cidades integradas a RBCIH e, a Região Norte do Brasil com 6 cidades. Há, portanto, uma tipologia e topologia variada de cidades que se diferencia, por exemplo, pela presença e atuação das fundações de amparo à pesquisa, universidades federais, número de habitantes e rendimento médio mensal dos trabalhadores formais.


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