XVI CIGeo - Lisboa 2018, XVI Colóquio Ibérico Geografia / XVI Coloquio Iberico Geografia

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A GEOGRAFIA DA INOVAÇÃO: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A CONSTITUIÇÃO DE AMBIENTES DE INOVAÇÃO NA REGIÃO OESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO - BRASIL
Maria Terezinha Serafim Gomes

Última alteração: 2018-06-06

Resumo


Atualmente, no contexto da globalização a inovação torna-se o leitmotiv para a busca de competitividade de empresas e países, com destaque a criação de habitats de inovação, entre eles os parques tecnológicos. A primeira experiência de parque tecnológico no mundo surgiu na década 1950, o Stanford Research Park, com o apoio da Universidade de Stanford (Califórnia, Estados Unidos), baseado em parcerias entre universidades e empresas. A partir dos anos 1970, influenciados pelo sucesso dos Estados Unidos surgiram várias iniciativas de parques tecnológicos na Europa, particularmente no Reino Unido, com as universidades Cambridge e Heriot-Watt e, na França, o Sophia-Antipolis, com o objetivo de promover o processo de interação universidade-empresa. Além do Reino Unido e da França, outros países da Europa passaram a incentivar a criação de parques tecnológicos nos anos 1980 ,em Portugal o Lispolis (Lisboa) e Taguspark (Oeiras) e na Espanha,o Parque Tecnológico de Bizkaia-Zamudio,o Parque Tecnológico de Barcelona (Catalunha) e o Parque Tecnológico de Valência. Além destas experiências, surgiram outras na Ásia, como Coreia do Sul e Japão, com a criação de technopolis (tecnópoles) com o objetivo de criar novas tecnologias e desenvolver regiões atrasadas do país. (CASTELLS e HALL, 1994; SPOLIDORO E AUDY, 2008; MELO, 2015). Além destes foram criados, Parque Tecnológico da Universidade de Pune (Índia), Hsinchu Science Park (Taiwan), Technology Park Malaysia (Malásia). No Brasil os parques tecnológicos surgiram a partir da década de 1980, graças aos investimentos e incentivos a projetos de inovação, além da criação do Programa Brasileiro de Parques Tecnológicos pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Todavia, é a partir dos anos 2000, que ganha dimensão com o surgimento de novos projetos de parques tecnológicos incentivados pela Lei de Inovação (Lei 10.973/04 em nível federal e pela criação do Sistema de Parques Tecnológicos – SPTec – no estado de São Paulo. Este texto tem como objetivo compreender a formação de ambiente de inovação na região do Estado de São Paulo, com ênfase em cidades médias. Ao analisar os parques tecnológicos de São José do Rio Preto e Marília observa-se que a instalação deve-se as condições gerais de produção presentes nestas cidades.  Tais parques  visam alavancar o desenvolvimento regional.

Palavras-chave: Inovação;ambiente de inovação; parques tecnológicos; desenvolvimento regional;cidades médias

bibliografia

Castells, M., Hall, P. (1994). Technopoles of the world – the making of 21st century industrial complexes,Routledge.

Melo, R. de C. N. (2015). Parques Tecnológicos no estado de São Paulo: incentivo ao desenvolvimento regional. Tese de Doutorado em Geografia. Universidade de São Paulo (USP). São Paulo,252 p.

Anprotec. (2013).Estudo de Projetos de Alta Complexidade: indicadores de parques tecnológicos, versão resumida. Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico.Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Brasília: CDT/UnB.

Vale, M. (2009). Conhecimento, Inovação e Território. Revista Finisterra, XLIV, 88, p. 9-22.

http://revistas.rcaap.pt/finisterra/article/view/1364/1060 (Acedido a 10 de abril de 2018).

 

 


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