XVI CIGeo - Lisboa 2018, XVI Colóquio Ibérico Geografia / XVI Coloquio Iberico Geografia

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REFLEXÕES SOBRE TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA EM UMA COMUNIDADE RIBEIRINHA DA AMAZÔNIA BRASILEIRA: O CASO DE ANÃ NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM/PARÁ
Elcivania de Oliveira Barreto

Última alteração: 2018-12-13

Resumo


Este artigo faz uma reflexão sobre a experiência de turismo de base comunitária (TBC) desenvolvido em uma comunidade tradicional, denominada Anã, que está localizada no município Santarém, no estado do Pará, dentro da Amazônia brasileira. Nesse sentido, buscou-se analisar e caracterizar o TBC, bem como identificar se ocorreram implicações sócioespaciais desta prática em Anã. Diante disso, neste artigo faz-se um diálogo com a teoria da modernização do espaço de Santos (2012a; 2012b; 2009), e com a noção uso do território de Santos e Silveira (2008), assim como com autores que debatem sobre os conceitos de TBC e Terceiro Setor. Sendo assim, partiu-se do pressuposto que o TBC se configura como uma forma de gestão do turismo pelas pessoas do lugar, neste caso pelos comunitários de Anã, e é apontado como um contraponto ao turismo convencional, por assim dizer uma racionalidade contra-hegemônica que se dá no tempo presente diante das racionalidades hegemônicas postas pelo turismo convencional. Realizou-se ainda trabalho de campo em Anã e na cidade de Santarém, no qual se tomou como instrumento de coleta de dados, roteiros de entrevistas semiestruturas que foram aplicados aos sujeitos da pesquisa, dentre os quais: Representantes da Secretaria Municipal de Turismo de Santarém, Representante da ONG Projeto Saúde e Alegria, e Comunitários de Anã. Destarte, os resultados apontam que o TBC implementado em Anã, sendo entendido a priore como uma contra-racionalidade, até então, não se configura como tal, uma vez que a ONG PSA atua com hegemonia na comunidade em relação ao turismo. Contudo, o tbc para os comunitários que estão envolvidos no projeto, se configura como uma possibilidade de desenvolvimento, bem de permanência em seu lugar e o retorno dos comunitários que se mudaram. Decerto, há necessidade de maior atuação do Estado, seja este em nível federal, estadual e municipal na comunidade.


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