XVI CIGeo - Lisboa 2018, XVI Colóquio Ibérico Geografia / XVI Coloquio Iberico Geografia

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TERRITÓRIO E ADOECIMENTO: ESTUDO DE RISCOS SOCIOAMBIENTAIS E PRODUÇÃO DE DOENÇA, ANÁPOLIS, GOIÁS, BRASIL
Giovana Galvão Tavares, Dulcinea Maria Barbosa Campos, Lila Louise Moreira Martins

Última alteração: 2018-06-07

Resumo


Guardada as devidas restrições de uma pesquisa em andamento, este resumo apresenta o projeto “Geografia da Saúde - Riscos socioambientais e o Processo Saúde-Doença: estudo dos territórios de abrangência das Estratégias de Saúde da Família, Anápolis, Goiás, Brasil” (Edital FAPEG – Universal, 2014) e seus resultados parciais.  A pesquisa tem por finalidade estudar os territórios de abrangência das Estratégias de Saúde da Família (ESF) localizadas na cidade Anápolis, Goiás, Brasil.  Seu objetivo é correlacionar os riscos socioambientais ao processo de adoecimento da doença diarreica da população menor de cinco anos de idade residente nos território de abrangência das ESF. Para tanto, recorreu-se aos conceitos de riscos socioambientais e processo saúde-doença. O primeiro, riscos socioambientais são entendidos como os resultados das carências de acesso aos serviços básicos (água tratada, esgotamento de resíduos, coleta de lixo entre outros ) que contribuem para a degradação da qualidade de vida (AYRES, 2012), e por processo saúde-doença o conjunto de relações e variáveis que produz e condiciona o estado de saúde e doença de uma população que se modifica nos diversos momentos históricos e do desenvolvimento científico da humanidade (RAINHA, 2016; AYRES, 2012). A investigação desta pesquisa ainda está no início e realizou-se o levantamento de dados quantitativos nos arquivos digitais de órgãos públicos; trabalho de campo observacional na área de estudos e, como fontes suplementares foram realizadas pesquisas documentais, fotográfica e pesquisa em jornais. Como resultado parcial da pesquisa tem-se a produção de 210 mapas das áreas evidenciando os riscos socioambientais das áreas de estudo. O mapeamento demonstra que os territórios da ESF são locais nos quais reside população de baixa renda, que convivem com a violência urbana, precariedade na infraestrutura (asfalto em condições precárias, ausência de calçadas, presença de lotes baldios, falta de sistema de esgotamento), ausência de equipamentos sociais e acessibilidade aos serviços, além dos riscos ambientais que possibilitam o produção de doenças com dengue, chikungunya, zica e diarreica  (acúmulo de água em voçorocas, poças da águas, resíduos sólidos depositados em loteamento baldio, animais na rua – cavalo, cachorro, vaca e boi, processo de voçorocamento, loteamento baldio, córrego poluído). A população residente nos territórios não são portadores do risco em si, mas habitam territórios que provocam adoecimento devido as condições ambientais. O mapeamento possibilitou identificar elementos favorecedores de aparecimento da doença diarreica - o acúmulo de resíduos e água não tratada. Registra-se que 18% população investigados ainda utilizam água de poços sem tratamento.

PALAVRAS-CHAVES: território, doença, riscos, mapeamento.

Bibliografia

RANHA, S. (2016). CONDIÇÕES AMBIENTAIS COMO FATOR DE RISCO PARA DOENÇAS EM COMUNIDADE CARENTE NA ZONA SUL DE SÃO PAULO. REVISTA APS, 09 (01), 20-28.

AYRES, J. (2012). RISCO, VULNERABILIDADE E PRÁTICAS DE PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE. IN TRATADO DE SAÚDE COLETIVA (ED I). GASTÃO, W. SÃO PAULO.

 


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