XVI CIGeo - Lisboa 2018, XVI Colóquio Ibérico Geografia / XVI Coloquio Iberico Geografia

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EXTRAÇÃO AUTOMÁTICA DE ÍNDICES ARBÓREOS ATRAVÉS DE IMAGENS OBTIDAS POR DETEÇÃO REMOTA
Sara Soares, Daniel Pires, Jorge Rocha

Última alteração: 2018-06-13

Resumo


A Deteção Remota (DR) em complementaridade com os Sistemas de Informação Geográfica (SIG), tem-se revelado uma ferramenta com um elevado valor para o mapeamento e monitorização de sistemas florestais. Estas tecnologias evoluíram rapidamente desde 1950 existindo atualmente um vasta gama de sensores de satélites e de veículos aéreos, disponíveis para adquirir imagens digitais de diversas resoluções com eficácia e a custos reduzidos. Através da interpretação e análise deste tipo de imagens é possível recolher informação florestal com uma maior amplitude (cobertura) e a baixo preço. Acresce que a DR permite melhor compreensão das características do sistema florestal num todo, bem como a interpretação das zonas florestais a níveis mais rigorosos, como o nível da árvore individual. Com o avanço destas tecnologias surgem novas oportunidades para a interpretação semiautomática ou mesmo automática dos sistemas florestais e para a obtenção de parâmetros ao nível individual, de forma indireta. Assim, a Individualização de Copas de Árvores (ICA) através de deteção remota, nomeadamente de imagens de alta resolução, é uma etapa essencial para a aquisição indireta de informação pertinente ao nível da árvore. A correta individualização das copas das árvores permite a extração fiável da informação florestal, passível de ser utilizada nos vários níveis de gestão florestal. Por isso, o delineamento eficaz das copas é essencial para que a estimação da informação florestal seja a mais aproximada possível à realidade. Tradicionalmente, a obtenção destas informações implica a deslocação ao terreno para levantamento de parâmetros não métricos (ex. fitossanitários) e realização de medições numa amostra ou na totalidade do povoamento florestal. No entanto nem sempre é possível a deslocação ao terreno, implicando muitas vezes custos e tempo que nem sempre podem ser dispensados. Atualmente existem diversas tecnologias que permitem a resolução de inúmeros problemas em vários domínios. A representação do espaço geográfico por meio de imagens obtidas por sensores em plataformas orbitais ou em aeronaves tripuladas ou não, têm sido amplamente usadas em vários domínios. As imagens produzidas por este tipo de veículos (tripulados e não tripulados) oferecem grande nível de detalhe e precisão e podem posteriormente ser integradas num SIG. Como tal, estas imagens podem ser utilizadas e ambiente SIG de forma a extrair diversas informações, nomeadamente no que diz respeito a índices arbóreos, sem necessidade de deslocação ao terreno. Assim, a extração da informação necessária em gabinete com recurso a ferramentas SIG, através do input de fotografias aéreas de grande nível de detalhe permitiria agilizar e simplificar o processo de cálculo de índices arbóreos. Pretende-se com este artigo: i) Avaliar a utilidade da utilização de fotos aéreas para extração de informações, comparando a viabilidade de ambos os suportes digitais; ii) Explorar a possibilidade de extração de índices arbóreos: diâmetro de copas, DAP, densidade (número de árvores por hectare), de parâmetros fitossanitários, ou outros, diretamente dos suportes digitais avaliados; e iii) Distinguir entre diversas espécies arbóreas, nomeadamente sobreiro e azinheira.

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