Tamanho Fonte: 

O turismo como indústria internacional e maior fornecedor de empregos do planeta, possui uma maior variedade de stakeholders quando comparado com outras indústrias definem quatro grupos de stakeholders: a população local, os turistas, promotores de turismo e empresários (e.g. serviços de alojamento, restauração, transporte, atividades culturais e de lazer, etc.) e órgãos públicos (e.g. governos locais. Ministérios, universidades, associações, etc.). Vários autores defendem um maior envolvimento dos stakeholders nos processos de planeamento e gestão de destinos e comunidades turísticas. Alguns dos benefícios do planeamento participativo são referidos pelo autor, entre eles: o fortalecimento da democracia, maior riqueza de informação utilizada nos processos de decisão e melhor coordenação entre políticas adotadas e os interesses dos stakeholders. O conhecimento de como os turistas valorizam diferentes atividades e recursos das áreas de destino, permite aos agentes da comunidade e do turismo, desenvolver estratégias que contribuam para maximizar os benefícios dos programas de turismo e reduzir as consequências negativas, contribuindo para um equilíbrio entre os desejos dos residentes e as preferências dos turistas. Compreender as preferências geográficas dos turistas e como este usam o espaço é fundamental para a administração, planeamento e marketing dos locais de destino, sendo um importante contributo para a organização de instalações e serviços fundamentais ao funcionamento da atividade, assim como a gestão de diversos impactos. A imagem que o turista tem de um destino é um elemento relevante, que deve ser considerado no planeamento turístico, tendo em conta que as despesas dos visitantes têm impactos na economia local, e uma perspetiva positiva de um destino estimula estadias mais longas e consequentemente mais gastos. Criar interações positivas entre residentes e turistas estrangeiros é outro especto fundamental para alcançar e manter o desenvolvimento sustentável do turismo Esta comunicação tem como objetivo geral demonstrar as possibilidades oferecidas pelas fontes de informação emergentes (e.g. big data) e analisar o comportamento espácio-temporal dos turistas no Litoral Alentejano. Para concretizar esta ambição, serão seguidos os seguintes objetivos específicos: i) Identificar padrões espaciais dos turistas; ii) Quantificar a capacidade de atração dos pontos de interesse; iii) analisar a variação espácio-temporal da procura turística; e iv) Avaliar a relação entre a perceção dos turistas e dos decisores.