XVI CIGeo - Lisboa 2018, XVI Colóquio Ibérico Geografia / XVI Coloquio Iberico Geografia

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A ORDEM ESPACIAL VIGENTE NO ESTADO DE ALAGOAS – BRASIL
Paulo Rogério de Freitas Silva

Última alteração: 2018-06-07

Resumo


O tema que escolhemos desenvolver se refere a ordem espacial vigente no estado de Alagoas, localizado no Nordeste brasileiro, promovendo uma viagem ao longo dos cinco séculos de formação territorial desse espaço. Procuramos apresentar e analisar a ordem espacial vigente desse estado a partir do papel regulador de instituições e empresas, que desencadearam a urbanização no estado, abordando os processos determinantes que foram indutores para a gênese dos núcleos embrionários pré-existentes e a formalização destes como cidades, isto é, sedes de municípios. Culminamos, expondo as condições desses lugares, no que se refere a situação socioeconômica dos 102 municípios alagoanos. Para desenvolver tal processo, nos amparamos na sugestão de ordem espacial, aspirando entender as ações humanas que intervêm na ordem espacial vigente em Alagoas e no Nordeste brasileiro. Ordem espacial que Santos e Silveira, (2008), se referem ao espaço explicado pelo seu uso. Acreditamos que conforme propõe Santos e Silveira, (2008), sendo, o (...) espaço como um conjunto indissociável de sistemas de objetos e sistemas de ações, [...]. Trata-se de caracterizar uma situação na qual, em cada área, os objetos tendem a exercer certas funções e os respectivos processos são, em grande parte, submetidos ao papel regulador de instituições e empresas. Nessa conexão, partimos das ideias de Santos, (2005), para definir a urbanização como um processo que alcançou neste século, a sociedade e o território, depois de um longo período de urbanização seletiva, tanto social (como estilo de vida), como territorial, (a partir da concentração demográfica nas cidades em detrimento do campo ou do rural). Urbanização como um processo onde a residência dos trabalhadores, inclusive os trabalhadores agrícolas, é cada vez mais urbana e que o turbilhão demográfico e a terceirização são fatos notáveis. Destacamos que metodologicamente, no que se refere aos agentes e propósitos imediatos da criação dos centros urbanos nos reportamos à complexidade genética, amparados em Côrrea, (2001), analisando os processos determinantes para essa gênese e também para o acometimento de letargia e/ou impulsão, buscando demonstrar como se processaram, posteriormente, as emancipações políticas municipais isto é, a formação territorial do estado de Alagoas, no que se refere a atual configuração com seus 102 municípios e cidades. Antecipamos que a gênese urbana em Alagoas, se processa em maior número inicialmente no Litoral em detrimento do Sertão ou do Agreste e que, conforme destaca Gomes, (2001), Alagoas tem uma economia definida como economia sem produção, com localidades que quase não produzem para a geração de riquezas.

PALAVRAS-CHAVE: Alagoas; gênese; emancipação; urbanização;

 

BIBLIOGRAFIA

Corrêa, R. L. (2001). Trajetórias Geográficas. Bertrand Brasil, Rio de Janeiro

Gomes, G. M. (2001). Velhas Secas em Novos Sertões: continuidade e mudanças na economia do semiárido e dos cerrados nordestinos. IPEA, Brasília

 

Santos, M. (2005). A Urbanização Brasileira. 5. ed. EDUSP, São Paulo

 

Santos, M. e Silveira, M. L. (2008). O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. 12. ed. Record, Rio de Janeiro

 


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