XVI CIGeo - Lisboa 2018, XVI Colóquio Ibérico Geografia / XVI Coloquio Iberico Geografia

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Práticas de lazer erótico e sexual: consumos, espaços e lugares
Catarina Duarte Fontoura Nadais

Última alteração: 2018-06-15

Resumo


As práticas, consumos e lugares de lazer erótico e sexual têm recentemente vindo a receber atenção da comunidade académica, muito por influência da era pós-positivista da Geografia, que abre novos campos de estudo nas geografias culturais (Aitchison, 1999), próximas das temáticas da sociologia e cultura e, em particular, no campo do turismo e lazer. Numa sociedade hipermoderna (Lipovetsy, 2004) muito se tem discutido sobre a norma e o desvio, e as atividades alternativas de lazer são, frequentemente, expressão de uma procura pelo desafio, risco, aventura, desejo e prazer. Os espaços de lazer são, muitas vezes, lugares de escape e de permissividade, onde os desvios são tolerados, lembrando as heterotopias de Foucault (1967) ou as atividades de enclave (Cohen e Taylor, 1992) ou dos lazeres sérios e casuais de Stebbins (2008). As atividades e consumos de lazer de caráter erótico e sexual existem e têm vindo a multiplicar-se (Nadais e Santos, 2012). A fim de investigar a existência, referência ou presença destas atividades e a sua relação com espaços e práticas de turismo e lazer, propomos uma análise de conteúdo de um suplemento (n=36) da revista Happy Woman nos anos de 2010, 2013 e 2016. A análise foi feita a partir da definição de seis categorias (tipologia de artigo, caracterização dos testemunhos, práticas eróticas e sexuais, outros produtos e serviços associados, contexto e preço). Os resultados revelam uma forte referência às práticas eróticas e sexuais em tempos e espaços de lazer.

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