Última alteração: 2018-06-15
Resumo
As alterações climáticas têm influenciado os ecossistemas e suas espécies, com repercussões diretas na população humana e impactos na saúde pública. Os sistemas de informação geográfica (SIG) têm sido um elemento de suporte orientado para as decisões de saúde publica, permitindo a análise espacial, através de critérios de avaliação e modelação de dados na distribuição dos fenómenos tendo como arquétipo uma abordagem tradicional das epidemiologias como a de JohnSnow (1854).
A ilha de São Toméapresenta condições climáticas, geográficas e epidemiológicas adequadas para a transmissão de múltiplas doenças infeciosas, particularmente doenças transmitidas por vetores como a Malária.Este é um país com uma multiplicidade de microclimas, definidos, principalmente, em função da pluviosidade, temperatura e da localização do tipo equatorial, quente e húmido, com temperaturas médias anuais que variam entre os 22 °C e os 30 °C em função da altitude e do relevo.
Assim sendo o modelo apresentado derivará de critérios extraídos de dados climáticos possibilitando identificar limiares climáticos com a finalidade de explicar os perfis sazonais.Este é um estudo pioneiro no território indo de encontro às diretrizes internacionais, uma vez que Organização Mundial da Saúde (OMS) ressalta a urgência em reativar a luta mundial contra a doença, dado que se regista o retrocesso e retorno aos níveis de 2012, por conseguinte o estudo em curso é assente em uma avaliação que incorpore critérios de inteligência espacial na modelação de dados de fenómenos determinísticos assim como simulação de cenários futuros da epidemia.