XVI CIGeo - Lisboa 2018, XVI Colóquio Ibérico Geografia / XVI Coloquio Iberico Geografia

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PRODUÇÃO DE MAPAS EM SÉRIE COM A API PYTHON DO ARCGIS (ARCPY): PROBLEMAS, ESTRATÉGIAS E SOLUÇÕES
Joaquim Patriarca, Cláudia Costa, Paula Santana

Última alteração: 2018-06-13

Resumo


Com o desenvolvimento dos software SIG (Sistemas de Informação Geográfica), a produção de representações cartográficas com recurso a este tipo de ferramentas tem-se tornado cada vez mais frequente em actividades relacionadas com a interpretação de fenómenos espaciais. Este tipo de tarefa pode ser particularmente exigente em circunstâncias específicas, nomeadamente quando é exigida a produção de um elevado número de cartogramas num curto espaço de tempo. Por exemplo, no âmbito do projecto Shaping European Policies to Promote Health Equity, financiado pela União Europeia e coordenado pela Universidade de Coimbra e CEGOT, existiu a necessidade de criação de um conjunto de mapas que representassem todos os indicadores e índices produzidos, num total 8000 representações. Num contexto semelhante, que hipóteses há de cumprir este desiderato em pouco tempo e sem custos adicionais? Entre as soluções SIG disponíveis, há as que disponibilizam Application Programming Interfaces (API) que viabilizam a construção de algoritmos que implementam, de modo automático, processos inerentes à produção de mapas em série (e.g., ArcGIS – ESRI, QGIS). É expectável que estas API reduzam o esforço a aplicar neste processo a poucos minutos (horas se se considerar o tempo de desenvolvimento dos algoritmos). Todavia, a proficiência destes procedimentos depende das funcionalidades destas API, sobretudo se não existirem competências e tempo disponível para se desenvolver um software que não dependa delas (o que exige um enorme custo). Assim, o objetivo principal desta comunicação é a identificação de abordagens válidas para construção de procedimentos em Python habilitados para criar automaticamente cartogramas com recurso ao ArcPY (API do ArcGIS). Como metodologia, definiram-se vários exercícios que implicam a construção de um número elevado de mapas com características próprias. Cada exercício parte de uma lista de indicadores socio-económicos cuja representação deve ser feita ao nível da unidade estatística. Em cada um deles, criou-se um script Python capaz de gerar, sem intervenção do utilizador, um mapa para cada um dos indicadores. A diferença dos exercícios está na mutabilidade das propriedades de alguns elementos gráficos do mapa, que devem ser distintas em cada mapa - embora todos as representações sejam baseadas num template, existem objectos gráficos que não podem ser iguais em todas elas. Assim, em cada exercício, de mapa para mapa, as alterações registadas foram: Ex. 1 – mudança dos valores numéricos do indicador e dos elementos que o identificam na legenda; Ex. 2 - modificação dos valores, legenda e intervalos; Ex. 3 - alteração nos valores, legenda, intervalos e palete de cores; Ex. 4 – modificação da escala e da extensão da área geográfica. Da aplicação desta metodologia resultaram várias ferramentas que respondem, totalmente ou parcialmente, às especificidades de cada exercício e que permitiram inventariar os principais benefícios e limitações que a opção pela utilização do ArcPY acarreta em comparação com outras possibilidades existentes no mercado.


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