Este trabalho investiga o papel da Geografia no contexto da educação, considerando que a geografia escolar permite que se entenda a espacialidade da sociedade no mundo. Tem-se como problema o fato que muitas vezes a aula de Geografia é posta como curiosidade, atualidades jornalísticas e há uma prática de decorar informações como processo cognitivo e não há a prática de análise a partir de uma contextualização; o efeito desses saberes na educação das pessoas não aparece de forma sistematizada. A pesquisa procura contribuir para o enfrentamento das dificuldades que marcam a Geografia e seu ensino  na escola, dentre estas destaca-se a imprecisão de conceitos que criam uma identidade e sedimenta características notadamente educativas. Para isso, foram investigados os referenciais dos professores sobre os conteúdos ministrados, o modo como compreendem os conceitos desta ciência e a pedagogia que é necessária na escola. Observado a escolha dos conteúdos para aulas, notou-se  que os professores têm uma compreensão, tanto da função do que é ministrado em Geografia quanto da sua contribuição para a educação. Estes se orientam ora em do senso comum docente, ora  utilizando-se de expressões geográficas como localização, mapa, orientação e leitura de mundo, isto sinaliza uma base acadêmica em Geografia e denotou-se, também, uma considerável distância dos conceitos geográficos do ponto de vista metodológico desta ciência. Como uma das conclusões nesta pesquisa, as referências utilizadas esbarram em limitações de natureza teórica, metodológica e didática dificultadoras da ressignificação dos conteúdos para ler a paisagem, além de limitar a autoria do professor e a aprendizagem do aluno. A exigência é que tanto os geógrafos educadores da escola básica quanto os da academia precisam atentar para a efetiva contribuição da Geografia para a educação, dando-lhe fundamentação teórica e metodológica, ressaltando-lhe o caráter ético-científico no desenvolvimento de um raciocínio espacial.