XVI CIGeo - Lisboa 2018, XVI Colóquio Ibérico Geografia / XVI Coloquio Iberico Geografia

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CIDADES CONTEMPORÂNEAS E SEUS ESPAÇOS: DO PARADIGMA FUNCIONALISTA À NOVA GESTÃO DO ESPAÇO
Ítalo Brener Carvalho, Luciano Santos Diniz, Andréia Santos Oliveira

Última alteração: 2018-08-29

Resumo


O planejamento econômico, sócio-espacial de serviços e espaços públicos estão  sendo repensados, transformados ou adaptados a novas realidades das cidades e as relações entre as pessoas e o espaço público disponibilizado.  Estudos desenvolvidos no CITIES - Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas em Cidades Inteligentes, Tecnológicas, Inovativas, Empreendedoras e Sustentáveis objetivam investigar os processos de produção, planejamento, gestão e (re)estruturação do espaço urbano. O conceito de Smart City, de cidades inteligentemente geridas são agora uma visão reconhecida compartilhada pelos principais destinos urbanos do mundo, todos competindo para criar ambientes produtivos, acessíveis e inovadores, integrando tecnologia para gerenciar seus ativos (Sigala, 2017). Desta forma, cidades contemporâneas constituem-se em um denso espaço, com funções diversas, por meio das quais se estabelecem múltiplas práticas sociais. (RECHIA, 2005). Para compreender a relação entre espaço público e vida urbana, uma discussão, já iniciada pela publicação The City (1925),  reunia os artigos de Robert Park, Mckenzie e Enerst Burgess como base à questão urbana, da cidade, vista como um corpo social específico que segue certas regras de crescimento. Agentes inseridos em políticas públicas setoriais, locais ou regionais, sugerem modelos de gestão com o foco em medidas inovadoras ou em tecnológicas empregadas para a superação dos desafios impostos pela urbanização. Promovendo assim a garantia da sustentabilidade, da qualidade de vida urbana e da cidadania. Os modelos estruturais integrados à espaços públicos e aos serviços públicos fazem parte do cotidiano das pessoas, como por exemplo os modelos de serviços de saúde, educação e infraestrutura recebem verbas direcionadas para sua manutenção e ampliação.  Já modelos de serviços de lazer não são tão percebidos e nem tão evidentes, e na mesma intensidade carecem de investimentos de manutenção e ampliação. Como a cidade é uma paisagem artificial criada pela convivência, movimentada pela dinâmica entre a vida pública e privada, mediada no tempo e no espaço a pergunta de pesquisa seria: Como articular: política, trabalho, cultura, consumo, lazer, entre outras dimensões? Alguns autores tentam responder esta pergunta por meio do cotidiano das sociedades urbanas, que gira em torno de objetos fixos, naturais ou criados, aos quais se aplica o trabalho, cruzado por fluxos de pessoas, produtos, mercadorias e ideias, diversos em volume, intensidade, ritmo, duração e sentido.  Neste sentido, o crescimento urbano é explicado com base em paradigmas funcionalistas, onde o perfeito equilíbrio entre todas as funções da sociedade urbana permitiriam a manutenção e a recriação de formas diferenciadas de viver.


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