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DINÂMICA DO USO E COBERTURA DA TERRA NAS MICRORREGIÕES DO ESTADO DE SANTA CATARINA, BRASIL UMA ANÁLISE ENTRE 2000 E 2010
Última alteração: 2018-06-06
Resumo
A mudança do uso e cobertura da terra é um processo espaço temporal dinâmico que, se constitui em um processo complexo, não sendo uma ação simples de ser descrita ou de ser prevista. O entendimento de sua dinâmica envolve fatores físicos, políticos, de gestão, econômicos, culturais, de comportamento humano e ambiental. O conhecimento do modo e do ritmo de mudança das formas de ocupação do espaço constituem um apoio fundamental ao gerenciamento dos recursos naturais, bem como às pesquisas que acompanham as mudanças climáticas. As informações sobre a dinâmica das formas de ocupação da terra são um importante subsídio aos gestores públicos envolvidos na elaboração e implementação de políticas de planejamento ambiental e ordenamento territorial. Assim, diante da relevância e importância do tema esse estudo visa analisar a dinâmica do uso e cobertura da terra no estado de Santa Catarina, para o período de 2000 a 2010, verificando as relações de mudança do uso e cobertura da terra e aspectos socioeconômicos utilizando técnicas da análise multivariada de dados. Santa Catarina está localizado na região Sul do Brasil, possui população aproximada de 6,5 milhões de habitantes e área de 95 mil km2. Inteiramente ao sul do trópico de Capricórnio, localizado na zona temperada meridional do planeta, possui clima subtropical e está inserida no Bioma Mata Atlântica. Tem como principais atividades econômicas a agricultura, pecuária, indústria e extrativismo e turismo. É o sexto estado mais rico da Federação, com uma economia diversificada e industrializada. Baseia-se na produção extrativista da erva-mate e da madeira, na produção agrícola e pastoril, possuindo também indústrias têxteis, metalúrgicas, de cerâmica, alimentícias e de material elétrico. O dinamismo da economia catarinense reflete-se nos elevados índices de crescimento, alfabetização, emprego e renda per capita, muito superiores à média nacional. Nesse trabalho são utilizadas as 20 microrregiões geográficas do Estado como unidades de análise, mapas de uso e cobertura da terra para os anos 2000 e 2010 e dados dos censos demográfico e agropecuário nas datas mais próximas possíveis às datas dos mapeamentos. A seleção das variáveis socioeconômicas e agropecuárias foram pautadas, sobretudo na característica econômica do estado (economia fortemente baseada na produção agrícola, pastoril e extrativista), na sua disponibilidade e na capacidade de descrever as diferentes características das microrregiões. Baseada em técnicas de análise multidimensional de dados (Análise Fatorial e a Classificação Numérica – taxonomia), obtêm-se os seguintes resultados: descrever as mudanças da dinâmica do uso e cobertura da terra por microrregião no período de estudo; identificar alguns dos fatores que explicam as referidas mudanças; e determinar grupos homogêneos (clusters) de microrregiões para cada ano de estudo que representem tipologias de uso e cobertura da terra.
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