Última alteração: 2018-05-29
Resumo
Neste trabalho tentamos compreender em que medida o processo de expansão territorial urbana do Distrito Federal é produtor e produto da segregação socioespacial, e em que medida esta se apresenta em um dos seus espaços urbanos, no caso, Samambaia. Procuramos realizar a análise dos loteamentos urbanos de Samambaia-DF, avaliando o grau maior ou menor de articulação desses loteamentos ao conjunto da área urbana e ao restante do Distrito Federal, por conseguinte, a ocorrência e o grau de segregação socioespacial existentes, por meio da constatação do nível de integração entre os moradores dos loteamentos e o restante da cidade e do grau de acesso que têm aos meios de consumo coletivo, articulando a realidade da parte ao todo, tendo em vista que Samambaia contém especificidades e particularidades que a aproximam e a diferenciam da urbanização verificada no Distrito Federal. Verificamos que o processo de segregação socioespacial é extremamente forte e dinâmico no Distrito Federal, e que seus elementos constituintes forjam dinâmicas espaciais distintas em cada uma das trinta e duas regiões administrativas do DF, de maneira que, ao estudar Samambaia, vemos aproximações daquilo que acontece na urbs como um todo, e diferenciações, tendo em vista que cada porção do espaço abriga um extrato populacional, certas condicionantes históricas e sociopolíticas, o que nos permite afirmar que a segregação socioespacial em Samambaia é um produto do processo de segregação socioespacial do Distrito Federal.