XVI CIGeo - Lisboa 2018, XVI Colóquio Ibérico Geografia / XVI Coloquio Iberico Geografia

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PLANOS, PROJETOS E MUDANÇAS NO PORTO CENTRAL NO SÉC. XXI
Maria Inês Monteiro Rocha

Última alteração: 2018-05-24

Resumo


A melhoria das condições de vida, da mobilidade e do acesso ao crédito ajudam a compreender a considerável expansão urbana de muitas das cidades portuguesas no final do século passado, designadamente o Porto, e o esvaziamento da área considerada como seu centro, social, funcional e político. Este processo de suburbanização refletiu-se na diminuição da ocupação do edificado no urbano consolidado, no encerramento e “popularização” de estabelecimentos de comércio e serviços. Pode considerar-se a existência de uma deterioração física do edificado, com diminuição da procura pelo comércio e permanência, sobretudo dos habitantes com menor capacidade aquisitiva e mais envelhecida. Assim, considerou-se essencial intervir no edificado e nos espaços públicos através de medidas e projetos com diferentes dimensões de intervenção, promovendo o seu desenvolvimento económico e social. Nesse contexto, na viragem do século, o Porto foi alvo de programas de desenvolvimento urbano que potenciaram intervenções no espaço urbano, com destaque para a iniciativa Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura, para o contributo da Porto Vivo, SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa Portuense e para a ação da Metro do Porto, SA. Este é o ponto de partida de uma apresentação que pretende, por um lado, contribuir para a compreensão do caminho percorrido na revalorização do centro; por outro, refletir sobre o papel dos programas e das entidades que potenciaram o “regresso” de residentes e o acréscimo de utilizadores; por fim, dar conta das novas dinâmicas, como o aumento do turismo e a modificação do comércio, considerando projetos públicos e privados de dimensão e impacto diversos.

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