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FRAGILIDADE POTENCIAL NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA RODOVIA BR-101 NO ESTADO DE ALAGOAS (BRASIL) AOS ACIDENTES COM TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PRODUTOS PERIGOSOS
Última alteração: 2018-06-13
Resumo
As rodovias brasileiras escoam cerca de dois terços de todo o volume das produções agrícola e industrial do país através de uma frota estimada de 3,2 milhões de veículos (INSTITUTO DE LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN, 2016). Neste cenário, a quantidade de viaturas de cargas envolvidos em acidentes superou em 41 vezes a importância inicial registrada no ano de 1952. Particularmente, no estado de Alagoas, esses eventos começaram a ser monitorados a partir de 2007 e, até 2011, somente 0,64% faziam o transporte de produtos químicos perigosos. A fragilidade corresponde a uma das partes da modelagem conceitual de áreas de risco e representa a potencialidade de o ambiente sofrer e propagar os efeitos diretos e imediatos dos eventos danosos. Isso significa a propensão da área ser afetada por um determinado perigo (JULIÃO et al, 2009, p. 23). Entretanto, ao considerar o caráter iminentemente poluidor dessas ocorrências, assume-se a necessidade de identificar a localização e a extensão das áreas frágeis aos acidentes desta tipologia através do respectivo mapeamento na faixa de abrangência da rodovia BR-101 em território alagoano. Para tanto, foram empregadas técnicas de geoprocessamento na integração dos parâmetros morfométricos de declividade, densidade da hidrografia, permeabilidade dos solos e orientação de vertentes; associado a estes, o parâmetro das ocorrências de sinistros. Esta base de dados adotou a escala de 1:50.000 e foi conjugada mediante emprego de análise multicritério, baseada na estrutura lógica da média ponderada, usando como plataforma o software livre QGIS. Tal abordagem possibilitou o entendimento da relação desses componentes na determinação dos graus de fragilidade. A partir das análises, observou-se que os níveis mais altos de fragilidade atuantes na área de estudo estão relacionados aos solos mais porosos. Já para os níveis mais baixos, constata-se a atuação dos solos menos permeáveis e estes, encontram-se mais influenciadas pela predominância dos relevos com declividades que variam de plano a ondulado. No entanto, todas as classes de fragilidade são majoritariamente influenciadas por densidades de drenagem medianamente baixa e medianamente alta. De maneira geral, os resultados mostram que 72% da área analisada de 2.370,66 km² corresponde ao nível Média Fragilidade Potencial; 14% a Baixa Fragilidade Potencial e 13% ao grau de Alta Fragilidade Potencial. Concluiu-se que os principais parâmetros responsáveis na determinação desses níveis estão associados à declividade, à densidade da hidrografia e à permeabilidade dos solos.
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